
Paul McCartney faz fãs gastarem bastante dinheiro para assistir ao show em SP
Ele só lamenta que a farra toda, apesar de valer a pena, tenha de sair tão caro para quem não mora em São Paulo. "Mais uma vez, temos de pagar o ingresso mais caro do mundo. Junte aí passagem de avião, ingresso, hospedagem e outras despesas. Mas não faça as contas depois, senão você nunca mais vai a show nenhum", observa.
Mas como é por uma boa causa - certamente, a melhor causa possível para os fãs - o negócio é se coçar e botar o pé na estrada. "É quase uma obrigação, né? Mesmo para mim, que admito, não sou lá um beatlemaníaco de primeira grandeza. Mas como o próprio Paul McCartney já anunciou que esta é sua última turnê, é nosso dever prestigiá-la", acrescenta.
Ansiedade
Diferente de Nei, tem gente que não aguentou esperar os shows de São Paulo e se mobilizou para peregrinar até Porto Alegre, onde o ex-beatle já se apresentou no dia 7 de novembro. Uma dessas pessoas é o músico Ted Simões, membro da banda local Starla e também da Cavern Beatles, banda cover que se apresenta todas as sextas-feiras no Bar Leopoldina (no bairro da Barra, em Salvador).
Ted já viu muito show internacional na vida. Rolling Stones, U2, Radiohead, R.E.M. e Oasis, entre eles. Mas um show igual ao de Paul, ele garante que nunca viu. "Nunca tinha visto um show internacional desse porte", ele diz.
Ted e seu amigo João Paulo Rocha, devidamente caracterizados de Sargent Peppers, chegaram cedo e ouviram, do lado de fora, a passagem de som - a qual também pode ser assistida da plateia, por módicos 1,5 mil dólares, comprando o chamado Ingresso Hot Sound. Como não dispunha da quantia, ouviu tudo do lado de fora.
"Foi praticamente outro show, ele toca coisas que não entram no repertório, como Magical Mistery Tour, Coming Up e I'm Looking Through You. A galera já fica emocionada ali mesmo, na fila", lembra.
Clube Social
A beatlemania já é um dado cultural tão estabelecido no mundo que pode-se até dizer que seus adeptos formam uma comunidade sem fronteiras.
Até mesmo na Bahia, um Estado conhecido por ter se voltado para o próprio umbigo por décadas - o que gerou uma miopia cultural óbvia, mas isso é outra discussão - a beatlemania criou seu próprio território, no Beatles Social Clube. O evento, que rola mensalmente na Companhia da Pizza (seu proprietário, o Portela, é um dos mais famosos adeptos locais do quarteto de Liverpool), tem no sócio-fundador Victor Lapa Monteiro um beatlemaníaco de carteirinha.
Além de ir aos dois shows que rolam domingo e segunda-feira, Victor ainda guarda na lembrança o show da turnê de 1993, no Estádio do Pacaembu. "Eu tinha 17 anos. Foi uma felicidade poder assisti-lo naquela época. Foram as melhores três horas da minha vida", afirma ele.
Outra característica do beatlemaníaco é não poupar esforços, se for para testemunhar um show como este. Na época com 17 anos, Victor estava em recuperação na escola. O show foi justamente no dia da prova final. Ele acordou cedinho, fez a prova às sete horas e correu para o aeroporto. "Peguei o voo às 10h30 da manhã. Cheguei a São Paulo e fui direto para o estádio. A mesma roupa com que eu fiz a prova, eu vi o show. Uma verdadeira maratona", recorda-se Victor.
Terra-Músicas
mais e mais noticias sobre o Paul s2
queria tanto ver ele =//
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